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segunda-feira, 16 de maio de 2011

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16/05/2011

às 0:15 \ Direto ao Ponto

Celso Arnaldo captura ao mesmo tempo Dilma, Palocci e os sociolinguistas do PT

TEXTO DE CELSO ARNALDO ARAÚJO

"Lá na China eles são muito disciplinados, muito organizados. Você fala com um e, quando vai falar com outro, este já sabe tudo".

A frase tem o DNA de Dilma na fragilidade do raciocínio, na permanente e redundante perplexidade diante do entorno, na incapacidade de interpretação inteligente de fatos culturais e sociológicos universais, na absoluta falta de humor e picardia, na construção capenga.

Mas também tem o dedo de um revisor – talvez do redator que transcreveu esse dilmês oral. Dou meu dedinho ao Lula se a presidente realmente disse, do outro chinês, "este já sabe tudo". Como tenho certeza se não escutei a frase original? Simples: Dilma não fala este ou neste, apenas esse ou nesse – 300 horas de discurso me deram essa convicção.

Muito provavelmente desconhece que esse e este, nesse e neste não são pronomes demonstrativos de uso optativo, com exceções. Cada um tem função bem específica – até de natureza filosófica, indicativa do modo como você vê o mundo. No Brasil de Dilma, as coisas acontecem sempre "nesse país", não neste – por isso ele é tão distante do Brasil real.

Sintomático: no Brasil de Dilma, que se pretende pluralista, a singularidade, em seu sentido mais canhestro e deformado, passou a ser um compromisso do estado em relação à "democratização" do idioma pelo rebaixamento – algo que nenhum país com um sistema educacional organizado teve a ousadia de propor na história do mundo ocidental.

Seria possível que os "esses" imprestáveis trucidados pelos serial killers do plural acolitados no MEC tenham sido "emprestado" à presidente, madrinha de honra e inspiradora de "Por uma vida melhor", mas metamorfoseados em pronome demonstrativo multiuso? É só uma tese. Posso estar enganado. Na gramática dos sociolinguistas do PT, tudo é possível.

Aliás, vida melhor é a do Palocci – que, como Lula, cicia, sibila e saliva grandesssss negóciosssssssss.

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O todo sem a parte não é todo,
A parte sem o todo não é parte,
Mas se a parte o faz todo, sendo parte,
Não se diga, que é parte, sendo todo.


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